Pobreza, gênero e raça/etnia nos contextos urbanos e rural/Perspectivas de gênero e raça/etnia na saúde pública
segunda-feira, 25 de junho de 2012
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Durante briga, homem quebra cabo de vassoura na
cabeça da mulher
A vítima foi socorrida e continua internada no
Hospital Roberto Silvares, em São Mateus.
Durante uma briga do casal, um homem chegou ao
ponto de quebrar um cabo de vassoura na cabeça da mulher, na madrugada desta
quinta-feira (21) no bairro Areal em Conceição da Barra, Norte do Estado. A
vítima foi socorrida e continua internada no Hospital Roberto Silvares, em São
Mateus.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado ainda não foi preso. A mulher continua internada e ainda não prestou depoimento. Ela contou apenas que apanha do marido há 16 anos. A instituição hospitalar não informou o estado de saúde dela. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia (DP) de Conceição da Barra.
De acordo com a Polícia Civil, o acusado ainda não foi preso. A mulher continua internada e ainda não prestou depoimento. Ela contou apenas que apanha do marido há 16 anos. A instituição hospitalar não informou o estado de saúde dela. O caso é investigado pela Delegacia de Polícia (DP) de Conceição da Barra.
Postado por CBAR/02 –
GPPGER – ( ANAY SÁ, DORA FREITAS, LIDIA
OLIVEIRA, MARIA MACHADO, TATIANE CAULITY, VITORIA VASCONCELOS )
DA REDAÇÃO MULTIMÍDIA –
21/06/2012 – 12h:13 – Jornal a gazeta/on line.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Processo de territorialização: autonomia e tradições contadas por moradores da Comunidade Linharinho
Nos períodos do Brasil colônia e império, os traficantes de africanos escravizados construíram um porto em São Mateus (ES), onde renegociavam a vida dessas pessoas. Ao chegarem à região, esses africanos e seus descendentes resistiram ao processo de escravização, por meio de fugas e de negociações de suas liberdades. Estas formas de resistência permitiram a organização social, política e econômica de diversos agrupamentos, a partir de uma lógica da autonomia, dando início, assim, às comunidades de quilombos num grande território que ficou conhecido como Sapê do Norte.
“Então, todos eles (os senhores) eram barões e os negros tinham que se aquilombá pra não trabalhar como escravo. (...) Ficou com a terra pra trabalhar pra sobrevivência, porque aqui ficaram e até hoje continua com nosso povo. “ Miúda
As lideranças de Linharinho afirmam que seus ancestrais pertenciam aos povos africanos de tradição nagô,dos quais herdaram elementos culturais relacionados à língua iorubá e à religião do candomblé.
“A religião daqui era o que? Era candomblé, era ladainha, era ofício de Nossa Senhora. (...). Tudo coisa de povo africano. (...) Aqui no Sapê do Norte, os negros tinham dois tipos de trabalho religioso: o candomblé e o camocite. (...). Depois, de tanto ser perseguidos por autoridades, polícia e padres, esses negros que vieram da África, esses nagores (nagôs) africanos, tiveram que colocar outros nomes de religião: Mesa de Santa Bárbara, Mesa de Santa Maria e Mesa de São Cosme e Damião. Nesse Sapê do Norte, o povo tinha essas três mesas como tradição. Foi de, me parece, de 1886 pra lá, eles só viviam nessa religião. Foi nas proximidades de 1980 que os padres começaram a perturbar, o Bispo de Vitória mandava os padres vir a esse povo, quinze dias nesse Sapê do Norte, pra ver como estava a religião desse povo. E aqui eu acho que ficou a família da Aurora Deolinda da Conceição, minha tia, minha mãe também, que eram entendidas dessas coisas. O Joaquim Felipe da Vitória (bisavô de Miúda) também era da mesa de Santa Bárbara que tinha aqui. (...) Hoje, o povo que sabia mesmo da religião foi tudo embora. A gente ainda sabe um pouquinho da coisa do ritual da Mesa, mas tudo bem. A gente quer de volta tudo isso.” Miúda
Associado às atividades religiosas tem-se o uso de raízes, plantas e ervas medicinais. Os ancestrais extraíam o azeite da palmeira do dendê, além do azeite de baga, nos quais acreditavam encontrar propriedades medicinais para a cura de diversas doenças. O azeite de dendê era usado também na culinária e para banhar as pedras do assento de Santa Bárbara. O azeite de baga, além de ser tomado a cada seis meses como remédio, era usado como combustível nas lamparinas e candeias para iluminar a escuridão da noite.
O processo de expropriação das terras dos quilombolas do Sapê do Norte pela Aracruz, segundo os relatos locais, contou também com a cumplicidade de instâncias do Governo do Estado do Espírito Santo, sobretudo com a participação do IDAF.
“O significado de nossas vidas pela terra, é que a gente quer que volte a cultura, que volte no nosso território, que possa dar mais vida para nossas crianças, nossos netos, pra não acontecer que nem os nossos que saíram.” Vermindo
“Antes da Aracruz chegar era bom. Depois que a Aracruz chegou, ficou de jeito de a gente não ter um pau de lenha pra queimar. Eu pra queimar um pau de lenha, esperava cair um galhinho lá de cima no chão, pegava um galhinho seco lá no chão pra queimar escondido.(...) Porco, nós criava era muito, depois eles proibiram, não queriam que botasse porco no local... Aí foi acabando, foi acabando e acabou tudo.” Dona Domingas
Conforme o relato dos moradores, além de contar com o apoio e a conivência das polícias civil e militar nas ações de vigilância e violência contra as comunidades dos quilombos do Sapê do Norte, a Aracruz Celulose tem uma vigilância armada – a VISEL – para patrulhar os movimentos e solicitar as prisões de membros dessas comunidades, caso sejam encontrados entre os eucaliptos. Há cerca de três anos, segundo uma moradora, seus irmãos estavam trabalhando em suas lavouras de café e, repentinamente, chegaram os agentes da Visel acusando um deles de ter cortado uma árvore de eucaliptos e exigiam que ele fosse até o local. Segundo dizem, a Visel tem a prática de conduzir os acusados até o local e lá fotografar os mesmos próximos às árvores cortadas para incriminá-los e solicitar a sua prisão. O morador se recusou a ir até o local da árvore cortada, ai firmando que não havia cortado a mesma e que ele estava trabalhando em sua lavoura. Cerca de duas horas depois, chegaram dois policiais militares para levar a força o membro da comunidade até o local da árvore cortada para forjarem uma prova por meio da fotografia e incriminá-lo. O trabalhador novamente se recusou a ir. A partir de então houve luta corporal entre ele e os policiais que tentavam algemá-lo. Diante dos gritos do mesmo, diversos integrantes da comunidade correram ao local para socorrê-lo, havendo ali pressões das lideranças sobre os policiais, pois queriam saber o motivo da prisão e uma das lideranças alegou que não havia fundamentos legais para a invasão da propriedade de uma comunidade de quilombo para prendê-lo sem provas. Sem justificativas, os policiais fugiram. A partir de então, não voltaram a incomodar a comunidade.
Das situações de conflito vividas pelas comunidades podemos destacar: ameaças, exibição de armas e tiros pelos agentes da Visel para intimidar moradores que lutam por seus direitos; prisões ilegais de moradores; embargo aos usos de lenha nos fornos de carvão; e, por fim, uso de violência para tomar a lenha e as ferramentas de trabalho, sobretudo se for encontradas com mulheres.Entre as estratégias empregadas pela Aracruz para, aos poucos, minar a resistência dos quilombolas e expulsá-los da terra está aquela da poluição venenosa da água consumida por eles. Entre esses venenos, os moradores destacam os herbicidas (que causaram cegueiras em pessoas que trabalhavam para a empresa batendo o veneno nos eucaliptos) e o vinhoto (lançado no rio Angelim pela DISA) que torna a água imprópria para o consumo e mata os peixes que fariam parte da dieta alimentar local. Diante do problema da contaminação e desaparecimento da água, a comunidade reivindicou do Governo do Espírito Santo o tratamento da água a ser consumida, sendo a reivindicação atendida. Segundo Dona Domingas, o rio São Domingos que abastecia a comunidade secou e dentro de seu leito tiveram que perfurar uma cacimba para encontrar água para não morrerem de sede. Afirma que depois que a comunidade passou a reivindicar seus direitos à terra, as máquinas da Prefeitura foram ao local e arrancaram todo o encanamento que fazia a distribuição da água para as casas e eles tiveram que voltar a tomar a água da cacimba,mas, para ser consumida e usada, esta água, de tão suja, precisa ser coada. Dizem que com a expulsão de antigos moradores da terra, desapareceram parte de suas tradições (ladainhas, festas, bailes) e os nomes de identificação dos lugares, como os Sítios e Córregos, que nomeavam os lugares, e que foram todos submersos aos eucaliptais. Segundo Dona Domingas, entre Linharinho e Braço do Rio desapareceram os povoados, onde viveram seus ancestrais, que assim eram nomeados: Córrego Dantas, Córrego do Meio, Córrego das Pedras e Córrego Seco.
Relatos extraído do Projeto Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil. ( História do povo da Comunidade quilombola do Sapê do Norte - Conceição da Barra - ES )
Respeitosamente pelo uso das citações enriquecendo nosso Blog agradecimento aos companheiros e amigos queridos: Vermindo, Miúda,Dona Domingas.
Postado por Cbar02: Anay Sá, Dôra Freitas, Lídia Oliveira, Maria Machado, Tatiane Caulyt, Vitoria Vasconcelos.
Conceitos do Módulo V
Intersetorialidade – Conceito que consiste na
promoção de ações integradas entre diversos órgãos setoriais, com base na
compreensão de que, isoladamente, um
único órgão não consegue promover ações que abarquem a integralidade da demanda
social. A intersetorialidade cria espaços de comunicação e relação de
instituições que atuam em diversos setores (político, técnico, administrativo
etc.), em diferentes áreas (saúde, educação, meio ambiente, assistência social,
planejamento etc.), e que podem pertencer a órgãos governamentais.
Patrimonialismo - Designa que o Estado não distingue os limites do que é público e do que é privado. No Brasil, o patrimonialismo existe desde o Estado Colonial português, que concedeu terras, títulos e poderes a vários “senhores”. Até os dias atuais, alguns políticos que ocupam cargos públicos no Executivo, no Legislativo e no Judiciário consideram esse cargo como propriedade sua, de sua família e de seus amigos, na contramão dos interesses da população brasileira e do bem comum.
Participação
e controle social – É relacionado à
participação da sociedade no acompanhamento e na verificação das ações da
gestão pública na execução das políticas públicas, avaliando os objetivos, os processos
e os resultados. As idéias de participação e controle social estão intimamente
relacionadas por meio da participação na gestão pública, os cidadãos podendo
intervir na tomada de decisão, orientando a Administração para que adote
medidas que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo tempo, podendo
exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste
contas de sua atuação.
Eficácia –
Grau de alcance das metas programadas em um determinado período de tempo,
independentemente dos custos implicados. Está relacionada aos resultados sobre
a população beneficiária e a sociedade.
Eficiência –
Relaciona-se à minimização dos custos e à maximização dos resultados. “Fazer
mais com menos”.
Efetividade –
Correspondência entre os objetivos propostos e os resultados atingidos, ou
seja, a relação entre os resultados (impactos observados) e os objetivos
(impactos esperados).
Instituições Parceiras - O conceito de parceria é definido como reunião de esforços com objetivo comum (Dicionário Houaiss). O projeto social se fortalece quando é planejado, executado e avaliado juntamente com instituições parceiras. A parceria se concretiza na medida em que todas as partes contribuem para o projeto, ainda que de diferentes maneiras. É importante que as instituições parceiras tenham perfeitos entendimento e identificação com o projeto, seus objetivos e resultados esperados, experiência em projetos semelhantes ou afins, compromisso com a causa e com a coordenação do projeto.
Avaliação - “A avaliação é uma forma de pesquisa social
aplicada, sistemática, planejada e dirigida, destinada a identificar, obter e
proporcionar de maneira válida e confiável dados e informação suficiente e
relevante para apoiar um juízo sobre o mérito e o valor dos diferentes
componentes de um programa ( tanto na fase de diagnóstico, programação ou
execução), ou de um conjunto de atividades específicas que se realizam, foram realizadas ou se realizarão, com o propósito
de
Patrimonialismo - Designa que o Estado não distingue os limites do que é público e do que é privado. No Brasil, o patrimonialismo existe desde o Estado Colonial português, que concedeu terras, títulos e poderes a vários “senhores”. Até os dias atuais, alguns políticos que ocupam cargos públicos no Executivo, no Legislativo e no Judiciário consideram esse cargo como propriedade sua, de sua família e de seus amigos, na contramão dos interesses da população brasileira e do bem comum.
Instituições Parceiras - O conceito de parceria é definido como reunião de esforços com objetivo comum (Dicionário Houaiss). O projeto social se fortalece quando é planejado, executado e avaliado juntamente com instituições parceiras. A parceria se concretiza na medida em que todas as partes contribuem para o projeto, ainda que de diferentes maneiras. É importante que as instituições parceiras tenham perfeitos entendimento e identificação com o projeto, seus objetivos e resultados esperados, experiência em projetos semelhantes ou afins, compromisso com a causa e com a coordenação do projeto.
Indicadores
de Sustentabilidade - “O conceito de sustentabilidade adiciona
uma dimensão de tempo à efetividade do projeto”. Isto significa que os/as
gestores/as ou coordenadores/as das atividades em curso devem se preocupar com
a permanência dos resultados da ação, no médio e longo prazo, após a avaliação
final de uma política, um programa ou um projeto. Borba (1999).
sábado, 2 de junho de 2012
QUINTAIS PRODUTIVOS QUILOMBOLA
QUINTAIS PRODUTIVOS QUILOMBOLA
1 .0 - Título do Projeto
TITULO DO PROJETO : Quintais
Produtivos Quilombola
|
MUNICIPIO : Conceição
da Barra - ES
|
Dados do
Proponente
Proponente: Associação de
Mulheres Quilombola da Comunidade de Linharinho
CNPJ: 00.111.222/0001 - 33
Cidade: Conceição da Barra UF: Espírito Santo
CEP: 29.960.000
Telefone: ( 027) 9655-0000
Email : amqc@hotmail.com
Contato
: Maria
Isabel Nascimento
Telefone: ( 027 ) 9655 -0000 FAX: ( 27 ) 3762-1111
Email
: mariaisabelnascimento@hotmail.com
Representante
Legal: Maria
Isabel Nascimento
Profissão: Pequena produtora Fone: (27) 9655 - 0000
Bairro: Zona Rural Cidade:
Conceição
da Barra UF: ES CEP: 29.960.000
|
1.1- Considerações
Gerais Sobre a Instituição Proponente
A entidade proponente é uma pessoa jurídica
denominada de Associação de Mulheres
Quilombolas da Comunidade de Linharinho, em Conceição da Barra, norte do Estado
do Espírito Santo.
Ela busca espaço de moradia e de trabalho que já pertenceu ao povo negro de Linharinho, que
foi forçado a sair de seu território e que deseja retornar para fazer a terra
produzir e realizar a criação de um centro
cultural que possa apresentar exposições sobre a história e cultura local e
oferecer produtos típicos aos turistas que se dirigem para Itaúnas.
1.2 - Justificativa
O Projeto surge de uma necessidade de sobrevivência
para sanar um a questão de renda. Aqui os remanescentes sofrem com um grande
problema, criado por conflitos com
fazendeiros que até o início da década de 1960, segundo os moradores, todo o
Sapê do Norte “pertencia à negrada”, mas ninguém tinha documento das terras.
Entre as décadas de 1950 e 1960 que realizaram diversas investidas
expropriadoras sobre o território do grupo e depois pela Empresa Aracruz
Celulose, hoje conhecida como Fibria. A empresa há anos vem plantando
eucalipto, e obrigando os moradores a perderem as suas terras; sempre com
promessas de auxilio, que não passam de promessas. Retiraram a vida e a
liberdade desse povo, deixando apenas paisagens de grandes desertos de
eucaliptos, aos quais sugam os rios e contaminam as poucas águas restantes em
pequenos riachos, além de perigo e falta de segurança.
Mediante a execução do projeto, a
intenção é ocasionar ocupação ás famílias, através do desenvolvimento de plantios ( hortaliças, legumes, frutas) e
criação da avicultura e da pecuária. Consequentemente além da renda, com a implantação
certamente teremos mudança nos hábitos alimentares, visando menos doenças e melhor
qualidade de vida; pois por maior que seja o esforço o Sistema de Saúde Federal
e Municipal ainda deixam a desejar ás comunidades quilombolas e aos
remanescentes das mesmas.
1.3
- Objetivos
Geral:
Incentivar, assistir e proporcionar
apoio técnico e logístico, para a implantação dos plantios ( hortaliças,
legumes, frutas) e criação da avicultura e da pecuária nos quintais das residências
quilombolas, pertencentes a comunidade de Linharinho, visando obtenção de renda
e a introdução de mudanças nos hábitos de alimentação das famílias envolvidas no
projeto.
1.4
- Específicos:
1)
Erradicar
a pobreza da Comunidade Quilombola de Linharinho;
2)
Despertar
o interesse do público alvo para o plantio e cultivo de Hortaliças, Legumes e
Criação de Avicultura e da Pecuária;
3)
Diversificar
e melhorar o valor nutritivo da dieta alimentar dessas Famílias
4)
Promover a soberania alimentar e a geração de
renda das famílias Quilombolas da Comunidade de Linharinho;
5)
Diversificação
da Produção agrícola e pecuária, de modo a garantir a alimentação das famílias
e escoar o excedente nos mercados locais;
1.5
- Metas\Produtos\Resultados Esperados
1) Recuperação da Fertilidade do Solo,
através da descontaminação por agrotóxicos;
2) Desenvolvimento de um Plano de Trabalho baseado nos princípios da
Agroecologia, através de parcerias com a
APTA, MPA, MST e outros;
3) Recuperação
das áreas de nascentes, zonas de recarga hídrica e matas ciliares ao redor de rios,
córregos e lagoas;
4) Construção de um Viveiro de Mudas com
espécies nativas da Floresta Tropical, visando a recuperação de áreas
degradadas;
5) Produção de Artesanato a partir do uso de
madeira, palha de coco, cipó e outras fibras vegetais, que pode ser
comercializado com turistas;
6) Escoar os excedentes da produção agrícola, da
avicultura e da pecuária nos mercados, principalmente nos locais, através dos
programas de merenda escolar, ou Ceasa e outros;
1.6
- Público Alvo
A Comunidade Quilombola de Linharinho,
localizada no Sapê do norte em Conceição da Barra, município no norte do Estado
do Espírito Santo. São 48 famílias, moradoras da Comunidade, onde participarão
do projeto, sendo homens ou mulheres em regime de agricultura familiar.
1.7
- Metodologia\Estratégia de Ação
O projeto será executado nos quitais
das casas da Comunidade, e nesta etapa as famílias contempladas receberão um
kit contendo: sementes de hortaliças, irrigação, bomba d’ água, caixa d’água,
pintos para criação, adubos e ração para engorda das aves.
Após a entrega dos mesmos, receberão a
visita da assistência local, em parceria com órgãos do governo que possuem
escritórios de extensão e pesquisas em todos os municípios do nosso estado, para
de acordo com o cronograma de desembolso das parcelas mensais, receber a ajuda financeira para aplicação da
implantação do projeto. A instituição municipal, aqui a prefeitura, será
representada pelo Conselho Gestor Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável,
que fará a fiscalização, para fazer jus á contrapartida do município. O representante da entidade beneficiada, por
fazer uma gestão compartilhada ao conselho, previamente deverá comprar tudo com
notas fiscais, e emitir relatórios nas respectivas datas aos parceiros, bem
como no Conselho Fiscal de sua entidade, para deliberar sobre as contas e discutir
as ações a serem realizadas, como prioridades. No primeiro momento deverão
construir as covas de cimento, como é padrão, com o recurso destinado, para
iniciar a primeira etapa do projeto, e usando o Kit, terão insumos para fazerem
as primeiras adequações e buscar os primeiros resultados, após de acordo com as
prioridades listadas e registradas em ata especifica, gradativamente irão
superando as resistências até utilizarem todo o recurso destinado e terão
condições de sobreviverem com suas adequações próprias. Finalmente no tempo próprio
especificado no projeto poderão pagar em suaves parcelas o investimento creditado
aos participantes.
1.8 - Prazo
O prazo de duração para a implantação
do projeto ocorrerá em 12 ( Doze ) meses. Pois levaremos em consideração as
condições climáticas, como períodos de
chuva, o que pode ocasionar algum atraso ou deficiência nas metas, que precisem serem reajustadas.
Além de obedecer aos prazos de preparação do solo, edificação das covas, e limpeza
do terreno e adubação.
PERIODO
DE REALIZAÇÃO
|
PROJETO
QUINTAIS PRODUTIVOS QUILOMBOLA
|
Inicio: 01/06/2012 Término:
30/06/2013
|
1.9
- Sustentabilidade
Após o término do projeto, a
comunidade terá condições de dar continuidade á comercialização não apenas do
excedente, mas de uma demanda
determinada, com vista a emancipação econômica, nos moldes da Agricultura
Familiar, Programa de Políticas Públicas do Governo Federal que favoreça a
comercialização de produtos de associações e cooperativas, na forma jurídica,
através de um documento chamado DAP ( Declaração de Adimplência ), que permite
o cadastro.
Nessa modalidade o pequeno agricultor,
seja ele cooperado ou associado, no caso agora de nossa comunidade quilombola,
passa a integrar em outros programas dessas implementações do governo, na área
comercial, cadastrados, agora vendendo para programas como o Rede Brasil, PNAE,
totalmente favoráveis, sem burocracias exageradas, ocasionando rumos de renda,
vida estável, e subsistência ás famílias, com melhores condições.
1.10
- Detalhamento dos Custos
TABELA DE DETALHAMENTO DE CUSTOS – QUINTAIS
PRODUTIVOS QUILOMBOLAS
|
||||
ITEM
|
QUANT
|
DESCRIÇÃO
|
VALOR UNITARIO
|
TOTAL
|
01
|
48
|
MOVIMENTAÇÃO
DA TERRA
|
2.400,00
|
115.200,00
|
02
|
48
|
CONSTRUÇÃO
CIVIL
|
700,00
|
33.600,00
|
03
|
01
|
VEICULO
UTILITARIO
|
25.000,00
|
25.000,00
|
04
|
48
|
BOMBA
DAGUA
|
1.050,00
|
50.400,00
|
05
|
144
|
PESSOAL/MAO
DE OBRA
|
622,00
|
89.568,00
|
06
|
144
|
EQUIPAMENTOS
|
380,00
|
54.720,00
|
07
|
48
|
PRODUTOS
|
280,00
|
13.440,00
|
08
|
48
|
ESTERCOS
|
300,00
|
14.400,00
|
09
|
01
|
DESPESAS
ADM
|
1.394,00
|
1.394,00
|
10
|
144
|
ENCARGOS
SOC
|
138,30
|
19.915,20
|
11
|
48
|
CAIXAS
DAGUA
|
500,00
|
24.000,00
|
TOTAL
|
441.637,20
|
1.11
- Declaração de Contrapartida
Associação
de Mulheres Quilombolas da Comunidade de Linharinho
Conceição
da Barra - ES
CNPJ/MF:
00.111.222/0001 - 33
Declaração
de Contrapartida
Declaro sob pena da Lei que a Associação de
Mulheres Quilombolas da Comunidade de Linharinho, em Conceição a Barra – ES, neste
ato representada pela sua Presidente
senhora Maria Isabel Nascimento, portadora do CIC nº: 001.304.238 – 54, e do
R.G n°: 1.113.204/ES, dispõe de recursos orçamentários no valor de R$ 88.327,44
( Oitenta e Oito Mil Trezentos e Vinte e Sete Reais e Quarenta e Quatro
Centavos ) , de acordo com o plano de trabalho proposto, para participar a
titulo de contrapartida no repasse de recursos destinados ao projeto QUINTAIS
PRODUTIVOS QUILOMBOLAS.
Conceição da Barra – ES, 31 de Maio de
2012
_______________________________________
MARIA ISABEL NASCIMENTO
Presidente
1.12
- Declaração de Adimplência
Associação
de Mulheres Quilombolas da Comunidade de Linharinho
Conceição
da Barra - ES
CNPJ/MF:
00.111.222/0001 - 33
Declaração
de Adimplência
A Associação de Mulheres Quilombolas da
Comunidade de Linharinho, em Conceição da Barra –ES, neste ato representada
pela sua Presidente senhora Maria Isabel
Nascimento, portadora do CIC nº: 001.304.238 – 54, e do R.G n°: 1.113.204/ES,
declara sob as penas do artigo 299 do Código Penal Brasileiro, na forma e para
fins previstos no artigo 5º da portaria AGE/SEFAZ nº 01 R de 10 de abril de
2006 que a entidade :
a)
Não
se encontra em débito junto ao órgão ou a entidade da administração pública
estadual, pertinente a obrigações fiscais, a contribuições legais ou empréstimos
e financiamentos devido ao estado;
b)
Não
está inadimplente na execução e convênios ou instrumentos congênere;
c)
Está
em situação regular para com o estado ou com a entidade da administração
pública estadual, conforme definido no artigo 3º da portaria AGE/SEFAZ nº 01 R
de 10 de abril de 2006.
Conceição da Barra – ES, 31 de Maio de
2012
_______________________________________
MARIA ISABEL NASCIMENTO
Presidente
PLANO DE TRABALHO
2
– DADOS CADASTRAIS
Órgão/ Entidade Proponente:
Associação de Mulheres Quilombolas da
Comunidade de Linharinho
|
CNPJ:
00.111.222/0001-33
|
||||||||||
Endereço:
Comunidade Linharinho
|
|||||||||||
Cidade
Conceição da Barra
|
UF
ES
|
CEP
29.960-000
|
DDD/Telefone
(27)
|
E.A
|
|||||||
Conta Corrente
1237543
|
Banco
Banestes
|
Agência
Conceição da Barra
|
Praça de Pagamento
021-118
|
||||||||
Nome do Responsável
Maria Isabel Nascimento
|
CPF
001.304.238.54
|
||||||||||
CI/Órgão Exp.
1113.204 – SSP/ES
|
Cargo
Presidente
|
Função
Presidente
|
Matrícula
0000
|
||||||||
Endereço:
Comunidade Linharinho, Conceição da
Barra - ES
|
|||||||||||
2.1
– OUTROS PARTÍCIPES
Nome
do Responsável:
Maria
Isabel Nascimento
|
CPF
001.304.238-54
|
Endereço:
Comunidade
Linharinho, Zona Rural, CB/ES
|
2.2
– DESCRIÇÃO DO PROJETO
Título
do Projeto
Quintais
Produtivos Quilombola
|
Período
de Execução
1
ano
|
|
Início
Mês/Ano
01/06/2012
|
Término
Mês/Ano
01/06/2013
|
|
Identificação
do Objeto
O Projeto é uma iniciativa à
Associação de Mulheres Quilombolas de Linharinho, realizado através do Governo
do Estado com as viabilidades de recursos oriundos do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate a Fome, sendo o município intermediário da
ação através de convênio assinado entre as partes. A Secretaria de Estado da
Agricultura irá efetuar repasses ao município para que o mesmo seja parceiro
na gestão uma vez que a entidade não possui cadastro no SICONV, para que
sejam construídas as covas do canteiro dos quintais produtivos quilombolas da
comunidade.
|
||
Justificativa
da Proposição
Buscando a oportunidade de um
significado social, o projeto é uma necessidade de geração de renda e
ocupação a essa comunidade, a qual, terá a oportunidade de cultivar a
produção para o consumo próprio e
comercialização do excedente. Quintais produtivos quilombola, cultivarão hortas,
legumes, pecuária e criação de aves para abate e produção de ovos.
|
2.3
– CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (Meta. Etapa ou Fase)
Meta
|
Etapa
Fase
|
Especificação
|
Indicador Físico
|
Duração
|
||
Unid.
|
Quant.
|
Início
|
Término
|
|||
8,33%
8,33%
16,66%
16,66%
24,99%
25,03%
|
1º
2°
3º/ 4º
5º/6º
7º/8º/9º
10º/11º e
12º
|
Recup.
do solo
Preparação
do solo
(Esterco
e Adubação)
Aplicação
do Plano Básico
Limpeza
dos Córregos
Início do plantio
Avaliação
do plantio e Criação de aves
Abate
de Frangos, Produção de ovos e início da colheita da horta
|
Dias
Dias
Dias
Dias
Dias
Dias
|
30
30
60
60
90
90
|
01/06/2012
01/07/2012
01/08/2012
01/10/2012
01/01/2013
01/04/2013
|
30/06/2012
31/07/2012
30/09/2012
31/12/2012
31/03/2013
30/06/2013
|
2.4 – Plano
de Aplicação (R$ 1,00)
Natureza de Despesa
|
Total
|
Concedente
|
Proponente
|
|
Código
001
|
Especificação
Alocação de Recursos
|
441.637,20
|
353.309,76
|
88.327,44
|
TOTAL
|
441.637,20
|
353.309,76
|
88.327,44
|
2.5
– CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00)
CONCEDENTE
Meta
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Março
|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
50%
|
176.654,88
|
Meta
|
Julho
|
Agosto
|
Setembro
|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro
|
50%
|
176.654,88
|
PROPONENTE
(CONTRAPARTIDA)
Meta
|
Janeiro
|
Fevereiro
|
Março
|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
50%
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
Meta
|
Julho
|
Agosto
|
Setembro
|
Outubro
|
Novembro
|
Dezembro
|
50%
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
7.360,62
|
CBAR02:
ANAY SÁ, DORA FREITAS, LIDIA OLIVEIRA, MARIA MACHADO, TATIANE CAULYT e VITÓRIA
VASCONCELOS.
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